Lesões no supraespinhal: entenda o que é, quais são os tipos e os tratamentos disponíveis

Lesões no supraespinhal: entenda o que é, quais são os tipos e os tratamentos disponíveis

A supraespinhal nada mais é do que um dos músculos que se encontra na região superior do ombro e da escápula. Quando essa região é lesionada, é dado o nome de tendinopatia supraespinhal.

A tendinopatia é o termo usado para fazer referência às lesões em tendões que, no caso da supra espinhal, está relacionada à compressão ou impacto do tendão desse músculo. Trata-se de uma fonte comum de dor no ombro que costuma debilitar o corpo.

Para entender mais sobre o supraespinhal e as lesões que esse tendão pode sofrer, preparamos esse artigo no blog. A seguir, vamos te explicar tudo sobre o supraespinhal e a tendinopatia para que você conheça as causas e os principais tratamentos. Boa leitura!

Quer saber mais sobre distensão muscular nas costas? Leia nosso artigo e descubra as principais causas e tratamentos!

O que é e qual a função do supraespinhal?

Para entender melhor os problemas que acontecem na supraespinhal, é essencial entender o que é e qual a função do supraespinhal.

O supraespinhal se caracteriza como um músculo do ombro que se insere nos 3/4 internos da fossa supra-espinhosa e compõe os músculos do manguito rotador, ao lado do dos músculos redondo menor, infra espinhal e subescapular.

Ele leva esse nome pois se origina na fossa supraespinal escapular. Como todo músculo, ele trabalha juntamente com tendões e ligamentos, por isso, o conhecido tendão supra espinhal – principal parte que sofre lesões – faz parte da estrutura do músculo supraespinhal.

Os tendões podem ser entendidos como estruturas complexas constituídas de colágenos.

O tendão do músculo supraespinhal se liga à cabeça do úmero, maior osso do membro superior.

O tendão supra espinhal tem o papel de ligar o músculo e o osso e, assim, permitir o bom funcionamento do ombro. Ou seja, sua função é permitir sua movimentação e estabilidade dessa região.

Por ser uma das articulações mais móveis de todo o corpo humano, o ombro tem uma grande importância quando pensamos em mobilidade da região superior.

Ao mesmo tempo, por isso, é também bastante instável, o que faz com que ela esteja constantemente sujeita a lesões.

O que é tendinopatia do supraespinhal?

Agora que já esclarecemos o que é supraespinhal e o papel desse tendão, podemos compreender o que é a tendinopatia do supraespinhal.

A tendinopatia do supraespinhal é o nome dado a todas as lesões em tendões, que pode também ser chamada de tendinite.

Ela sempre está relacionada à inflamação no tendão atingido. Geralmente, quando há lesão, ainda, ela ocorre na junta do músculo e do osso.

A tendinopatia do supraespinhal pode ser considerada crônica, em casos que não se consegue identificar a origem do problema, que costuma apresentar sintomas de maneira gradual.

Além disso, também pode ser considerada aguda, no qual a causa da lesão é identificável devido a um fator específico.

Causas da tendinopatia do supraespinhal

tendinopatia supraespinhal causas
Tendinopatia supraespinhal causas

A tendinopatia supra espinhal pode ser provocada por diversos fatores, tanto extrínsecos como intrínsecos.

No primeiro caso, que está relacionado a uma hipótese mecânica, ela costuma estar relacionada à prática constante de esforços repetitivos, envolvendo atrito e compressão.

Quanto aos fatores intrínsecos, também conhecidos como hipótese vascular, ela diz respeito à existência de deficiência na distribuição sanguínea ao tendão, por exemplo, o que faz com que a região seja enfraquecida mas sujeita a rompimentos.

Considerando isso, podemos listar como principais fatores para a tendinopatia do supraespinhal:

  • Quedas e acidentes: costuma ser mais comuns em pessoas idosas, principalmente em atividades domésticas diárias, causando assim a tendinite supraespinhal;
  • Avanço da idade: o processo de envelhecimento também ajuda no desgaste da região, afinal, é natural perder massa muscular, água e colágeno, o que deixa o corpo mais frágil
  • Artrite reumatoide: doença inflamatória que pode afetar o ombro, especialmente o tendão supraespinhal;
  • Excesso de peso: essa prática pode sobrecarregar o ombro, sobretudo quando acontece em apenas um lado;
  • Movimentos repetitivos: seja no esportes que usam membros superiores, como  beisebol, voleibol, natação e tênis, ou em atividades laborais, o uso excessivo de membros superiores sem descanso pode gerar esse quadro;
  • Prática errada de exercícios: o excesso de prática esportiva combinada com a prática inadequada de exercícios também pode favorecer a lesão na região;
  • Esporão ósseo: o aparecimento de saliências na extremidade do acrômio podem causar atrito com o tendão;
  • Fatores antecedentes: pessoas que já tiveram tendinopatia da supraespinhal estão mais suscetíveis a apresentar novamente esse problema depois da recuperação caso ainda usem muito o membro.

Em suma: qualquer movimento com o braço elevado, se executado com bastante regularidade, pode contribuir para o surgimento da síndrome, principalmente se a região já tiver mais propensão ao desgaste.

Tipos de lesões supra espinhal

As lesões da supra espinhal podem se manifestar de duas principais formas: parcialmente ou de maneira completa. Entenda como cada tipo de lesão funciona.

Lesão parcial

Como o nome sugere, a lesão parcial diz respeito a lesões nas quais apenas parte das suas fibras são afetadas, ou seja, o músculo não se rompe totalmente.

Essas lesões podem variar em relação a sua extensão, no entanto, costumam ser menos graves.

Lesão completa

Por outro lado, a lesão completa da supraespinhal acontece quando todas as fibras do tendão se separam por completo. De maneira geral, ela costuma ser mais intensa e mais debilitante que a lesão parcial.

Quando essa patologia não é tratada, costuma progredir para atrofia muscular e pode provocar a perda de mobilidade do ombro.

Principais sintomas de uma lesão no supraespinhal

Os sintomas de uma lesão no supraespinhal dependem da gravidade do problema, principalmente considerando se a lesão foi parcial ou completa. No entanto, os principais sintomas associadas a ela são:

  • Dor no ombro, que costuma ser sentida  região superior e posterior do ombro;
  • Irradiação da dor do ombro para o braço e para o pescoço;
  • Dor mais intensa quando são feitos os movimentos com o ombro;
  • Dor mais intensa na região no período noturno ou ao dormir em cima do lado afetado;
  • Dificuldade de realizar força em toda a região afetada do ombro;
  • Dificuldade de fazer movimentos simples como colocar os braços para trás das costas, elevar acima da linha da cabeça ou pentear os cabelos.

Exames para diagnóstico de dores no supraespinhal

tendinopatia supraespinhal diagnóstico
Tendinopatia supraespinhal diagnóstico

Se o paciente não procurar um médico ortopedista, os sintomas podem se intensificar bem com a doença evoluir, comprometendo mais locais. Considerando isso, é essencial que seja feito um diagnóstico para identificar a lesão na supraespinhal.

O diagnóstico do médico vai envolver a avaliação do histórico do paciente, fatores de melhora ou piora da dor e, claro, exames clínicos.

São feitos, ainda, exames de imagem, como ultrassonografia do ombro, raio-x, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Alguns dos testes que também são utilizados na investigação da problema são:

  • Teste para tendinite do supraespinhal;
  • Teste de Hawkins-Kennedy;
  • Teste de Neer;
  • Teste de Apley.

Teste para tendinite do supraespinhal

O primeiro teste básico para identificar um caso de tendinite do supraespinhal leva o primeiro nome da doença. Ela consiste na avaliação clínica feita com o paciente sentado.

Para isso, o médico vai pedir para que o paciente abra lateralmente o braço atingindo cerca de 90 graus. Com isso, o músculo supraespinhal vai ser tensionado, o que vai provocar dor, caso ele tenha, de fato, tendinopatia do supraespinhal.

Teste de Hawkins-Kennedy

Outro teste também usado para esse diagnóstico é o teste de Hawkins-Kennedy. Nesse caso, o paciente vai precisar se posicionar de pé. O médico irá pedir para que o paciente flexione o ombro para frente a cerca de 90 graus.

Em seguida, deverá tentar rotacionar o ombro, o que vai fazer com que o tendão supraespinhal seja empurrado contra o ligamento do acrômio. Dessa forma, se o paciente sentir dor, há uma grande chance de ser uma tendinopatia do supraespinhal.

Teste de Neer

O teste de Neer também é feito em pé, no qual será preciso que o paciente estenda o braço e o médico rotacione o braço no sentido interno.

Tal movimento vai provocar certo choque do tendão contra o acrômio. De forma igual aos outros testes, caso o paciente tenha tendinopatia, ele vai alegar sintomas de dor.

Teste de Apley

Por fim, o teste de Apley também serve para identificar esse problema. Com o paciente sentado, será pedido para que ele posicione a mão, a do mesmo lado afetado, atrás da cabeça e encostá-la na parte superior da escápula.

Após isso, será pedido para que a mesma mão atinja a parte inferior da escápula. Em caso de dor, o paciente tem grandes chances de estar sofrendo com lesão da supraespinhal.

Tratamento para lesão supraespinhal

lesão supraespinhal tratamento
Lesão supraespinhal tratamento

Após o diagnóstico, então, o tratamento pode ser definido pelo médico. Há vários caminhos que o profissional pode orientar para que a lesão da supraespinhal seja resolvida. Entre elas, podemos citar tratamentos conservadores, terapias alternativas, cirurgia e fisioterapia.

Tratamento conservador

O tratamento conservador nada mais é do que os tratamentos mais simples, adequado para quadros mais leves ou no início. Para esses casos, costumam ser receitados alguns medicamentos, como anti-inflamatórios e analgésicos.

Ao mesmo tempo, é comum que para esses casos, seja orientado o repouso. É através dele que será possível conseguir a cicatrização do tendão afetado e impedir o aumento da lesão.

Terapias alternativas

As terapias alternativas, por sua vez, são tratamentos como a acupuntura, o agulhamento seco, as massagens e as terapias por ondas de choque.

A acupuntura, o agulhamento e as massagens colaboram com a inativação dos pontos gatilhos e relaxamento muscular, além de reduzirem o tratamento da dor miofascial que pode vir associada a essa lesão.

Já a terapia por ondas de choque serve em casos refratários, oferecendo uma boa resposta da dor e amplitude de movimento. Essa terapia induz alterações estruturais e neuroquímicas para garantir a cicatrização da região.

Todas elas vão ajudar no tratamento da dor do paciente. No entanto, precisam estar associadas a outros tratamentos, como uso de remédios ou como a fisioterapia.

Fisioterapia

A fisioterapia costuma ser uma prática indicada para os mais diferentes tipos de recuperação de lesões. O objetivo dessas sessões é provocar alívio dos sintomas ao mesmo tempo que restabelece a função normal do complexo articular do ombro.

Além disso, ao auxiliar o fortalecimento do músculo supraespinhal e dos demais músculos do manguito rotador, a região fica mais fortalecida e assim, sofre com menos sobrecarga no tendão.

Cirurgia

Por fim, em casos que os demais tratamentos não apresentam efeitos significativos após 6 meses ou até mesmo quando a situação é grave e houve lesão completa do tendão, pode ser indicado o tratamento cirúrgico como forma de resolução.

Para isso, costuma ser feita a artroscopia, uma cirurgia que consiste na inserção de duas estruturas na articulação do ombro, equipadas com câmeras.

Neste procedimento, é feito o reparo do tendão ou a reorganização do posicionamento do acrômio, que vai evitar os atritos do tendão.

Conclusão

Ao longo do texto, a gente pode te mostrar o que é o supra espinhal, quais são as lesões que ele pode sofrer e quais são as melhores formas de tratar esse problema.

Por ser uma região muito usada e com grande rotação, o ombro é bastante suscetível a lesões, podendo ser provocadas tanto por questões externas, como acidentes e esportes que usam membros superiores, como por fatores naturais, como o envelhecimento.

Para cada causa, há um tratamento diferente. No entanto, eles costumam envolver repouso, uso de remédios, acupuntura, fisioterapia e, em último caso, cirurgias.

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