Há uma grande quantidade de procedimentos estéticos que são utilizados para combater problemas como o da gordura localizada. Dois deles são radiofrequência e criolipólise.
No entanto, pelos nomes parecidos, muitas pessoas se perguntam: qual a diferença entre criolipólise e criofrequência? E qual é o melhor: criofrequência ou criolipólise?
Apesar da semelhança de nomenclatura, eles não são a mesma coisa. Se você tem dúvida sobre o funcionamento de algum desses dois tratamentos, está no artigo certo para isso.
Aqui vamos te falar tudo que você precisa saber sobre os dois, mostrando as principais diferenças. E se você está na dúvida entre escolher criofrequência ou criolipólise, a gente te ajuda também. Boa leitura!
Em primeiro lugar, é importante explicar mais detalhadamente sobre os procedimentos estéticos. Por isso, vamos começar com a criolipólise.
A criolipólise é um procedimento estético que trabalha o contorno corporal sem a necessidade de cirurgia, ou seja, não é invasivo.
Sua função é reduzir as camadas de gordura localizada, principalmente em regiões mais complicadas, como é o caso de flancos, região interna da coxa, abdômen e gordura das costas.
Vale ressaltar que a criolipólise só é indicada para casas em que a gordura é possível de pinçar com a mão. Esse procedimento estético não é indicado para pessoas obesas, por exemplo.
A criolipólise se baseia na incapacidade das células de gordura de resistem a baixas temperaturas, o que faz com que elas sejam rompidas durante esse processo.
Dessa forma, o tratamento da gordura por meio da criolipólise é feito por um aparelho específico que vai se acoplar adequadamente à região com gordura.
O aparelho apresenta ventosas, isto é, aplicadores, que variam de tamanho de acordo com a quantidade de gordura e da área corporal que vai ser tratada.
A ponteira do equipamento se acopla na pele, promovendo um poderoso vácuo, que oferece a sucção da pele e, ao mesmo tempo, o congelamento da porção de gordura localizada.
Todo esse processo funciona de forma seletiva e, por essa razão, a criolipólise não provoca nenhuma alteração nos nervos e músculos, apenas atingindo a célula da gordura.
O objetivo dessa quebra é separar a gordura dos tecidos e, sem a necessidade de cirurgias, conseguir removê-la do corpo.
A eliminação das gorduras quebradas acontece por meio do sistema imunológico. Dessa forma, a gordura no interior das células é conduzida ao fígado pelo sistema linfático para que ela possa ser metabolizada.
No entanto, vale ressaltar que esse processo não provoca a sobrecarga do fígado, pois o sistema linfático leva apenas uma pequena quantidade diária de gordura.
A região que será foco do tratamento vai passar pelo resfriamento a uma temperatura em torno de -7 a -10ºC durante cerca de 1 hora.
Esse será o tempo mínimo para que as células de gordura congelem e sejam destruídas. O paciente pode optar por uma sessão ou mais de uma. Apenas é importante que o intervalo entre elas seja de mais ou menos 90 dias.
Diferente da criofrequência, como veremos a seguir, os efeitos da criolipólise são exclusivamente a redução de gordura na região que foi tratada durante o procedimento.
Estima-se que, em uma sessão, a redução de gordura seja de 20 a 25%. No entanto, a criolipólise não reduz outros problemas como flacidez e a celulite em regiões do corpo.
Em alguns casos, já é possível ver efeitos de uma sessão após duas semanas posteriores ao tratamento. No entanto, os resultados definitivos da criolipólise podem ser percebidos após dois a três meses da aplicação.
A criolipólise pode oferecer algumas reações como vermelhidão, hematomas ou até inchaço na área tratada. Todos os efeitos são leves, podendo durar uma semana,e regride naturalmente. Se for preciso, deve-se fazer o uso de analgésicos.
Depois de uma sessão de criolipólise, se indica fazer uma sessão de massagem local para poder deixar a região tratada mais uniforme.
Além disso, outro tratamento utilizado para potencializar os efeitos da criolipólise é a drenagem linfática ou até mesmo a pressoterapia. Os dois tratamentos podem ser feitos de forma regular.
Para a manutenção do aspecto que o tratamento oferece, é interessante que o paciente mantenha uma alimentação suadável, se hidrate bem (o que ajuda na eliminação da gordura pelo corpo) e, principalmente, mantenha a prática constante de exercícios físicos.
Em relação a atividades físicas, o paciente pode retornar normalmente após o procedimento de criolipólise, pois como é um tratamento não invasivo, não demanda repouso ou recuperação.
É possível que o tratamento de criolipólise gere dor durante o momento de sucção que o aparelho provoca. No entanto, como ele também provoca o congelamento da gordura, a região fica anestesiada com o tempo.
Para que a criolipólise alcance os resultados desejados, em primeiro lugar, o tratamento deve ser realizado por um profissional qualificado. Além disso, o aparelho precisa estar com a manutenção, bem como ser certificado.
Quando o indivíduo é submetido a um tratamento inadequado, fora das condições citadas, ele pode estar sujeito a riscos de queimaduras de 2º a 3º grau.
Isso acontece devido a desregulação da temperatura. Além disso, quando manta que é colocada entre a pele e o aparelho não está íntegra, o paciente também fica sujeito a esse problema.
Outro risco que a criolipólise acontece quando não se faz da maneira correta é a inflamação devido a proximidade entre as sessões. Como já falamos aqui, é preciso ter um intervalo de 3 meses entre elas.
Além dos riscos de fazer com quem não está preparado para esse tratamento, também é muito importante que pessoas que possuem alguma doença relacionada ao frio não realizem esse tipo de tratamento.
Pessoas que possuem problemas como crioglobulinemia, alergia ao frio, hemoglobinúria paroxística noturna ou síndrome de Raynaud não são indicadas para se submeter a criolipólise.
Por fim, mulheres grávidas e pessoas com hérnia na região que vai ser congelada também são grupos contraindicados.
Agora que aprofundamos sobre o tratamento da criolipólise, vamos falar mais sobre o tratamento de criofrequência.
A radiofrequência é uma técnica bastante segura que, além de reduzir a gordura localizada, também combate a flacidez do corpo e reduz a celulite.
Esse tratamento se baseia na produção de diversos choques térmicos, que vão promover uma tensão instantânea na pele, gerando os resultados citados em diferentes regiões do corpo.
Esse procedimento estético pode ser feito tanto na região corporal, como é o caso das pernas, braços, costas, flancos e abdômen, como também na região facial, a exemplo do rosto e pescoço.
O aparelho de criofrequência funciona a partir de uma tecnologia que envolve a sinergia entre frio e calor.
Uma parte do aparelho vai ser responsável por esfriar a camada superior da pele (a epiderme) até uma temperatura de -10ºC, que como vimos, vai conseguir destruir as células de gordura.
Enquanto essa parte da ponteira resfria a superfície, o aparelho também emite eletromagnéticas de alta potência geram um calor de +60°C, atingindo as camadas mais profundas da pele, a derma.
Esse aumento de temperatura vai estimular a produção aumentada de colágeno e elastina, que conferem melhor elasticidade para a pele.
Essa oscilação de temperaturas gera processos de choque térmico no organismo, que vai desestabilizar o metabolismo e provocar os efeitos pretendidos. Em alguns casos, os aparelhos de criofrequência podem funcionar apenas com a produção de frio.
Para melhores resultados, o local que será tratado pelo aparelho deve ser dividido em pequenas áreas de até 10 por 20 cm, no qual o aparelho vai ser deslizado diversas vezes no corpo.
Em situações em que a ponteira do aparelho apresenta apenas um polo, ou seja, é monopolar, é preciso colocar uma placa de metal debaixo da pessoa. Isso vai fazer com que se feche o campo de emissão da radiofrequência.
Quando a ponteira é bipolar, por outro lado, não será preciso fazer uso da placa de metal. O aparelho será usado de forma direta na pele.
Se o objetivo for tirar o melhor proveito desse tratamento, é interessante que a pessoa realize, ao menos, 6 sessões de criofrequência.
O intervalo entre as sessões precisa ser de pelo menos 3 semanas. Contudo, o número final de sessões vai variar da situação em que o problema da pessoa se encontra, podendo ser mais simples ou mais demorado.
Os resultados da crio frequências são muito rápidos, podendo ser percebidos já após primeira sessão. No entanto, o resultado máximo ou o pico do efeito pode ser percebido após três semanas do procedimento, tendo uma duração de até três meses.
Como falamos, a criofrequência apresenta diversos efeitos no corpo e no rosto. O seu principal efeito é a eliminação da gordura localizada, sendo uma das suas semelhanças com a criolipólise.
Além disso, outros feitos dela são, por exemplo, no caso da criofrequência facial, a redução da expressão de rugas no rosto e a melhora do contorno facial.
Já quando esse procedimento estético é corporal, outros efeitos são a melhora da elasticidade da pele e redução da aparência da celulite.
Não. O tratamento de criofrequência é completamente não invasivo e não provoca dor em nenhum momento da sessão.
A diferença de temperatura também não gera desconforto ao indivíduo pois a ponteira é resfriada, permitindo que o paciente não sinta o calor intenso.
Para efeitos mais duradouros da radiofrequência, o indivíduo pode tomar alguns cuidados. Entre eles estão, por exemplo, a ingestão de água, a prática de atividades físicas e a manutenção de uma alimentação balanceada.
Em primeiro lugar, a hidratação será importante para que o sistema linfático funcione da melhor forma, ou seja, ela vai colaborar para a eliminação mais rápida da gordura que a criofrequência quebrou durante a sessão.
Já os exercícios físicos são excelentes aliados para manter a redução de gordura no corpo, uma vez que eles vão gastar a energia do corpo e evitar que ela passe a se acumular nele. Além disso, essa prática vai estimular o metabolismo do indivíduo.
Por fim, a alimentação de qualidade, assim como os exercícios, vão ajudar a diminuir o acúmulo de gordura localizada no corpo que foi eliminado pela radiofrequência.
O paciente deve priorizar alimentos de qualidade e ricos em nutrientes que o organismo precisa. Todas essas práticas são fundamentais para manter o aspecto desejado.
A criofrequência pode provocar problemas se não for feita de forma adequada, principalmente, quando aplicada em pacientes contraindicados. Esse é o caso de grupos como, por exemplo:
Como você pode ver, embora tenham algumas semelhanças, a radiofrequência e a criolipólise também apresentam diversas diferenças. Um tratamento não substitui o outro, pois eles trabalham com estímulos distintos.
Nessa tabela abaixo apresentamos algumas das principais características de cada uma para você comparar as semelhanças e diferenças entre os tratamentos.
Tratamento Criolipólis Criofrequência
Combate à gordura localizada Sim Sim
Combate a flacidez Não Sim
Combate à celulite Não Sim
Tratamento facial Não Sim
Contraindicações Sm Sim
Necessidade de mais de uma sessão Depende Sim
Dor ou desconforto Sim Não
Percepção dos efeitos imediatos Não Sim
Efeitos tardios Sim Sim
Temperatura Frias Quentes e frias
Como você pode ver, a criofrequência e a criolipólise não são a mesma coisa. Então, qual é a melhor: criofrequência ou criolipólise? Isso vai depender do seu objetivo com o tratamento.
Como a criolipólise apenas trata a gordura localizada, algumas pessoas podem optar pela criofrequência, caso queiram tratar a celulite e a flacidez, por exemplo.
No entanto, uma excelente alternativa é, em vez de optar por criolipólise ou criofrequência, unir as duas terapias. A combinação delas é permitida e pode gerar resultados ainda melhores.
Como você pode ver, tanto a criolipólise como a criofrequência são tratamentos que visam melhorar o aspecto estético das pessoas.
No entanto, optar entre criolipólise ou criofrequência vai depender bastante dos seus objetivos e preferências.Para ter os melhores resultados, procure sempre uma clínica de qualidade!
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